A exposição Agô - Afrosagrado, da fotógrafa Roberta Guimarães, tem curadoria de Raul Lody e conta com 30 fotografias impressas em papel Canson Rag, além de dois vídeos: um de vinte minutos, com depoimentos de filhos e filhas de santo pertencentes aos terreiros fotografados, e um outro, com três minutos de duração, com fotos em Stop motion, onde se apresenta a transformação (no momento do vestir) dos filhos e filhas de santo em entidades do sexo oposto, através de seus orixás de ori. A exposição conta também com um vídeo com duas fábulas sobre os orixás Yemanjá e Xangô, e uma projeção cruzada, com imagens que remetem à relação do Candomblé com os 4 elementos da natureza.

Na exposição estão presentes mais de oito terreiros de Pernambuco, com presença dos filhos e filhas de santo, babalorixás e yalorixás de Olinda, Recife, Goiana e Cabo de Santo Agostinho.

AGÔ é uma oportunidade de recuperação, através do registro visual, das memórias, da identidade e principalmente do sentido de pertencimento a uma tradição de herança africana em Pernambuco. 

O universo do Xangô Pernambucano que é apresentado é uma leitura do imaginário que se relaciona à vida e ao sagrado, com as plantas, com as roupas, as insígnias, os fios de contas, as cores, a dança, a música, as cerimônias, a diversidade dos orixás e, principalmente, toda a construção visual e simbólica dos povos de terreiro.

A exposição ficou em cartaz no período de 23 de abril a 02 de junho de 2019, no Museu do Estado de Pernambuco.